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Resumo/Resenha Revista da Cultura

Posted by dealalves em julho 14, 2010

Fui uns dias atrás comprar um livro pra faculdade na Livraria Cultura do Conjunto Nacional e peguei a revistinha deles.

Olha, de mta qualidade viu!! Devorei!!

Seguem os assuntos que mais gostei com os meus comentários!!

A Rua contra a Rua

É uma matéria que fala da disputa pichação X grafite em São Paulo, mas o que achei de interessante mesmo foi que eles contaram a história dessa arte.

O aerosol se popularizou na década de 1960 e a escrita na parede, herança que vem desde que os homens moravam em cavernas, ganhou agilidade. O spray transformou a pichação em arma de protesto na revolta estudantil de 1968, em Paris, e do lado ocidental do Muro de Berlim. Virou marcação de territórios entre gangues, em Los Angeles, grafite em Nova York na década de 1970 e ganhou estética única em São Paulo a partir da década de 1980.  Essa pixação com ‘x’ é exclusiva da cidade de São Paulo e é referência para a street art  do mundo todo. A pichação de São Paulo é uma comunicação fechada. É  da pichação pra pichação. Então, na verdade, ela não se comunica com a sociedade. Ela é uma agressão.

Mais informações vc tem no documentario Pixo que dá pra baixar aqui.

Voando com Richard Bach

O americano Richard Bach pode não ser o nome mais lembrado quando o assunto envolve escritores pilotos, posto ocupado pelo célebre Antonie de Saint-Exupéry (O pequeno Príncipe).

Seu best seller Fernão Capelo Gaivota, publicado em 1970, conta a história da ave que ultrapassa os próprios limites pelo simples prazer de voar. Fórmula que se repete em Hipnotizando Maria. A obra traz um professor de aviação e piloto que ajuda uma mulher (Maria) a pousar um avião após seu marido, que pilotava a aeronave, perder a consciência. Questões metafísicas, filosóficas e espirituais são exploradas através da metáfora de pilotar.

Em Hipnotizando Maria, Bach defende que vivemos em um mundo de aparências e de metáforas que precisam ser enxergadas para que possamos compreender nossa própria realidade. A grande problemática da questão é que nem sempre enxergamos o óbvio, apesar de as respostas estarem sempre diante de nossos olhos. Para isso, ele sugere o exercício de questionar.

Ziraldo

Com a mesma energia com que escreve, Ziraldo dala da necessidade de transformar o Brasil num país de leitores. “A escola sabe da importância da leitura. Só não avisaram os professores, que fazem dela um dever. Isso prejudica a criança para chegar à leitura com prazer e desenvoltura. O estudante brasileiro é, na maioria, analfabeto funcional, incapaz de enteder o que lê. A gente tem de transformar o Brasil num país de leitores. Ler é mais importante que estudar.”

Concordo totalmente com as palavras do Ziraldo, a leitura transformou a minha vida, moldou o meu caráter, contribuiu para a minha visão de mundo e objetivos de vida. Ler é fantástico porque serve a diversos propósitos: estudo, auto-ajuda, diversão, pesquisa, etc. de qualquer forma algum tipo de conhecimento a pessoa esta agregando.

Momento Crítico

Há quem diga que o pensamento crítico sobre a cultura está abandonado. Onde está a critica de arte? Houve um tempo em que os críticos não tinham medo de emitir julgamentos polêmicos e apaixonados; hoje, aqueles que restam só escrevem textos na linha ‘ não me comprometa’.

Evidentemente, a crítica existe no Brasil e é praticada regular e intensamente nos jornais e nas revistas. A questão é que, como toda atividade intelectual, tem o tamanho da sua própria época. E qual é, afinal, o tamanho da crítica da nossa época? Ela continua influente, mas bem menos do que no passado. Penso que perdeu muito de sua autoridade. Nãoporque seja pior do que antes, mas houve uma mudança substancial no modo de as pessoas encararem a ‘ autoridade’ dos jornais e das mídias tradicionais.

Se entre críticos apocalípticos ou integrados há diferenças de opnião e justificativas para o declínio da atividade, todos concordam que o espaço da crítica foi reduzido nos últimos anos e que textos mais longos, elaborados e que exigem certo tempo de maturação foram substituídos por resenhas descritivas, por vezes oriundas do material de divulgação produzido pelas assessorias dos próprios artistas.

Um momento importante na formação da crítica nacional foi a fundação da USP, em 1934. Para asoligarquias paulistas, a USP representava a oportunidade de gerar novos quadros intelectuais, funcionando como centro de formação e irradiação de um pensamento de elite.

Excêntricos e extraordinários

Até que ponto os “mais inteligentes” são mais suscetíveis às excentricidades e à loucura?

De acordo com diversos estudos da psiquiatria não existe qualquer prova científica que fundamente a relação entre inteligência, criatividade e doenças mentais. Muitas pessoas são excêntricas e inteligentes. Mas também é possível ver vários cientistas, inclusive ganhadores do Prêmio Nobel, que são pessoas completamente normais e não chamam a atenção. O excêntrico acaba, mesmo sem intenção, chamando a atenção dos outros. Então, as pessoas começam a acreditar que existe essa relação direta, e não tem.

Porém existe um preço, que é a concentração, a dedicação do cientista. E, por isso, ele tende a ser mais distraído frente às necessidades usuais de um cidadão comum, que não é cientista. Com o tempo, precebemos que é muito importante que a sociedade os entenda. Mas isso não é muito fácil.

Apesar de os grupos desejarem que exista sempre um gênio que traga o novo para a sociedade, geralmente, quando ele revela o que nunca foi visto, a reação é de horror. Um gênio é capaz de perceber aquilo que as outras pessoas não veem, num nível criativo considerado diferenciado. A pessoa que vê o que ninguêm vê geralmente assusta. Os parâmetros em que elas se apoiam desaparecem quando a nova realidade é revelada.

A vivência em solidão é muito grande, porque as pessoas não entendem o gênio . É preciso lidar com um nível de turbulência emocional que é difícil de administrar. Isso pode desorganizá-lo internamente.

Rotina de gênio

Incansáveis formatos de busca, ritos cerebrais e comportamentos de grande complexidade. Essa é a rotina de um cientista, independentemente de sua área de atuação.

Leonardo Da Vinci adotava uma pragmática forma de resolver um problema complexo: no começo, aprendia muito sobre ele; depois, o reestruturava de diferentes modos. Para ele, o primeiro “olhar” sobre um problema era demasiado parcial e comumente o problema, com outra estrutura , reconstruído, poderia transformar-se em algo bem menos complexo. Já Einstein, quando diante de um enigma , tinha uma enorme necessidade de formular seu enunciado das mais variadas formas (quase sempre usando diagramas). O genial Thomas Edison (mais de 1000 patentes) estabelecia para si próprio uma “cota de idéias” sobre um determinado problema e se punha a trabalhar incansavelmente até o limite estabelecido.

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